quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Ensaio sobre um verdadeiro conto de amor

Andando pela rua, avistou um casal de namorados que pareciam bastante felizes ao rir e observar os pássaros naquele fim de tarde veranesca. Entrou no ônibus e, ao pegar seu celular e o respectivo fone, para ouvir qualquer coisa que a transportasse pra bem longe dali após mais um dia cansativo, tudo o que tocava na rádio dizia respeito àquilo que ela não gostaria de escutar. Falsos sentimentos, talvez? Mas falava de amor, assim como as novelas, os livros, as pessoas, as árvores, o vôo das borboletas, e isso era muito mais do que o suficiente para deixá-la ainda pior; ela não fora escolhida para viver num mundo no qual se respira o amor, mas um amor mascarado, superficial, longe daqueles que contaram a ela nos contos de fadas na infância. Quisera ela crescer sem acreditar nisso, mera garota inocente! Após tantos anos continuava ali, um pouco mais velha, mais cansada, mais impaciente e descrente, com menos sonhos e esperanças, mas ali, sendo obrigada a vivenciar o contágio do prazer que, para as pessoas, era amor. Deitou-se então em sua cama, e, num momento de reflexão lhe vem à mente aquele cena, que, mesmo após tantos anos ainda não havia saído de seus pensamentos... acordar e receber rosas, passar o dia pensando em alguém, chegar em casa e receber poemas de amor, ser repleta de carinho e ter onde descansar de tudo e de todos. A transição de tais pensamentos começava a ficar falhada, mas o rosto dele não. Pegou a foto, olhou em seus olhos, e, com um gesto romântico lhe beijou a testa. A fotografia não podia apagar o que sua cabeça tentava esquecer, e a vida não podia trazer de volta aquele símbolo do verdadeiro amor, diferente do que ela presenciou no dia de hoje... era tarde. Tudo o que ela queria e precisava agora era ser envolvida pelo sentiento do "pra sempre" que eles cultivaram e que nasceu do "até que a morte nos separe". Separou, mas não deixou de existir... tudo o que ela mais queria era poder tocar seu coração novamente. Uma lágrima cai de seus olhos, é hora de encontrar-se com ele em seus sonhos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Empty totally full of

Não sei se é isso o que quero para minha vida. Olho a minha volta e só vejo espírito de competição no olhar de todos. Querendo ou não, estamos ali pra competir, e nada mais. Talvez não no mesmo curso, mas no mesmo mercado de trabalho, na vida, lutando por um espaço de destaque, que seja. Competimos. A todo momento só se fala em "faça isso" ou "faça aquilo" numa frequência excessivamente alta, da qual ninguém pode sair ileso, mesmo assim perseveramos. Gostaria de viver minha vida como antes, ou ter um futuro que não fosse baseado em bens e lucros, em importâncias comerciais, e sim na busca pela felicidade e paz de espírito. Não me sinto mais tão bem assim, acho que tem algo aqui dentro querendo gritar, e talvez seja meu corpo, que não aguenta mais, talvez seja minha mente que está exausta, e talvez seja minha alma, coração, que pede pra que não seja assim daqui pra frente. É, não será mesmo, será pior. Pudera eu ser uma excessão à regra? Não acredito mais nesse meu sonho, pois vejo que o mesmo sol que o faz brilhar constantemente, também é autor da elaboração das nuvens, que cobrem o céu e dificultam o olhar. Por que eu deveria ansear por algo que não me trará felicidade contínua? Seria mais fácil viver a minha maneira, mas não posso, seria muita loucura. Não vejo mais a importância nisso da qual todos falam; é claro que eu morreria se não conseguisse, mas não tem mais o mesmo valor.. é sempre pensar num futuro incerto, e não no presente, mas se eu só pensar no futuro, como terei um passado se não o construo enquanto ele ainda é meu presente? Expiro e inspiro, ouvi dizer que ajuda. Quem é que disse que preciso disso para ser feliz? Preciso apenas de afeto, compreensão, amor e seres humanos, não apenas tecnologia, dinheiro, poder e escravos da modernização. Estamos a beira de um colapso? Eu estou. Não peço mais por força, pois a inércia se encarrega de me levar além; não penso mais em compartilhar sentimentos, porque chegar perto de certas pessoas congela meu coração, de tão frios que os últimos se encontram nos peitos das tais pessoas. Confuso o que digo, mas não tentei dizer nada, apenas dei voz ao mudo grito que anseia em me deixar; nesse silêncio aguardo pelo novo momento em que a vida me fará passar, que talvez me faça rir do que escrevi, ou cair em mim e ver que, mais uma vez, segui passos pré-determinados ao invés de criá-los com meus próprios pés.

sem títulO - agora passa a ser "Relevante"

Não sei ao certo o que escrever, nem como entitular o que aqui esboço. Me deu vontade de mudar o título pra não ficar tão original quanto o "Sem Título", por isso coloquei a última letra maiúscula, e não a primeira, enfim, nada relevante. Ah, agora sim! Acabei de mudar a fonte, sempre gosto da Trebuchet, não sei ao bem porquê, mas isso também não interessa. Acha que estou sendo superficial? Talvez esteja porque é exatamente sobre isso que quero falar ou tentar demonstrar meus pensamentos pois nunca consigo, são sempre muito confusos, etc. R-E-L-E-V-A-N-T-E. Relevante ou irrelevante? Não sei a diferença e nem estou afim de saber.. a mim não importa escrever corretamente, pois nem os caras da literatura escreveram, quem sou eu pra escrever? O importante é passar a ideia aos outros.
De volta à superficialidade das coisas e pessoas, trago várias indagações que nem compensa serem ditas aqui. Só queria compartilhar o quão engraçado é saber que algum dia alguém que te disse "eu te amo" do nada passou como um vento e quase não deixou marcas, apenas algumas folhas secas. Será que é natural do ser humano ser superficial? Muitas vezes assumimos relações que nos convém, falamos com quem nos convém, e apesar de tudo, muitas vezes apenas passamos, olhamos, e deixamos tudo como está, centrados em nosso egoísmo individualista. Pleonasmo? Sem dúvida! Mas só com ele é possível descrever nosso egoísmo. Narcisistas, talvez. Superficiais. Em tudo o que fazemos, aprendemos, agimos.. no final somos só nós mesmo, não é? Superficiais como a escrita, como os pensamentos, como os sentimentos. E os que dizem ser politicamente corretos, mente aberta e pensadores? Superficiais também, pois vestem uma máscara que não é própria de suas pessoas; NENHUM ser humano é capaz de ser tão passivo, compreensivo, tolerante e impessoal a ponto de não ter preconceitos, não desrrespeitar as pessoas, de não ser persuadido por alguém.. TODOS nós somos como marionetes, a sociedade nos molda, os costumes, as culturas e nosso pensamento antiquado que pra nós é futurista. NÃO É! A moral e ética, ou qual outro nome exista, não pode ser assim tão forte, todos nós caímos e somos fracos, cada um em seus pontos. Por isso somos superficiais, porque temos vergonha e receio de nos aceitarmos ou mostrarmos como realmente somos pra quem quer que seja.. ainda discorda? Então reflita porque é que o melhor lugar do mundo é a nossa casa. Porque é lá onde podemos tirar nossas máscaras, ser grosseiros, excessivamente alegres, nojentos, chatos, sozinhos, que ninguém vai se incomodar. Lá não precisamos ser superficiais e fingir que tudo está bem sempre. Irrelevante pensar sobre isso? Então não pense apenas pra se colocar em questionamento: o mundo de fato não irá mudar em nenhum aspecto a partir do momento em que você ler ou não algo tão superficial quanto todos nós.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Egoísmo Natalino

O ser humano é um ser realmente muito complexo e difícil de ser entendido, estudado. Sua mente é um mistério, e sua forma de agir é totalmente intrigante. Durante um passeio hoje a tarde, deparei-me com uma cena que talvez possa ser comum a maioria das pessoas, mas que para mim, soa como indignação e revolta, dor. Ao andar pelas ruas do centro da cidade, olhando ao meu redor, de súbito encontrei algo na calçada. Intriguei-me e forcei a vista para enxergar melhor; pude ver então uma mulher, suja, maltrapilha, derrotada, sentada ao lado de um poste que indicava 'zona azul', em meio aos carros luxuosos de quem estava por ali. No colo dessa mendiga, havia uma menina, como me faltam adjetivos usarei novamente maltrapilha e suja, era essa a realidade. A garota aparentava ter entre 3 e 4 anos, e sua -talvez- mãe eu nem procurei adivinhar, pois o choque que tive ao ver aquela cena foi ímpar. A mulher segurava tua filha nos braços, e com uma das mãos enxugava sua lágrimas. Isso é o bastante para uma descrição, certo? Fato é que eu não soube agir naquele momento. Passei por elas como todas aquelas pessoas passavam, mas trouxe parte do sofrimento delas comigo, sofrimento esse que me fez pensar em chamar esse post de Egoísmo Natalino. Parei e pensei se existe mesmo o espírito natalino que todos falam. Um mês antes do tão esperado Natal, as lojas começam a se encher, as decorações surgem, todos começam a procurar presentes, roupas novas, tudo novo.. menos um espírito novo. Creio que o ser humano em sua maioria absoluta ainda não sabe onde isso pode ser encontrado. Enquanto aquelas duas pessoas estavam sendo tratadas como parte da calçada, certamente precisando de um alimento e de dignidade, de meios para contornar essa situação tão pesarosa, milhares de pessoas estão preocupando-se apenas com o infeliz materialismo. É isso que as fazem feliz? Ainda não encontrei essa felicidade, nem espero encontrá-la. Não estou tirando a culpa que eu também tenho, afinal, eu as vi ali, e não fiz absolutamente nada, como sempre, afinal o ser humano quase nunca faz nada, apenas se lamenta. Digo sim, que queria poder ter ajudado, mas não o pude, não sabia como o fazer. Mas cai mais ainda na real, enxerguei além do que eu já via antes, não trouxe nada para casa, não consegui pensar em reclamar atendendo a fúteis caprichos sabendo que aquela mulher não podia nem ao menos dar o que comer a sua filha. 
O que mais me aborrece é que sei que aquela cena não é exclusiva, ela é corriqueira, ela bate a nossa porta diariamente e não há nada a se fazer, ou pelo menos ainda não encontramos algo que possa ser feito. Podemos comprar, usar, descartar, mas permaneceremos pobres de espírito, não só no Natal, pois, se dizem que o Natal é a época mais solidária do ano, o que cabe a nós dizer do restante? Será que nosso espírito empobrece, regride? 
Para se pensar.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Amor x Ódio

Após 3 mil anos-luz, decidi postar aqui de novo, mesmo tendo plena consciência de quem ninguém irá ler isso aqui. O que me fez ter vontade de postar aqui, no meio de uma tentativa de estudar biologia, é o caminho ao qual uma simples conversa, hoje a tarde, me levou e está me fazendo refletir até agora: qual é a complexidade e imensidão dos sentimentos humanos? É estranho saber que, ao mesmo tempo que pessoas se amam demais, outras se odeiam mortalmente; enquanto uns se abraçam, outros brigam; enquanto alguns se entregam ao amor, outros tiram a vida de alguém. Por que isso? É algo para refletir, uma discussão sem fim, que provavelmente não chegará a nada. 
Os sentimentos se transformam ou sempre existiram e só estão esperando a ocasião de se revelarem? Penso assim pois são visíveis casos em que amor se transformou em ódio, paixão em discórdia, carícias em violência. O que faz alguém que um dia jurou amor eterno à outra pessoa, ser capaz de maltratá-la tanto ao final de uma relação? 
Para que vocês entendam melhor onde eu estou querendo chegar, pensem. Nossos pais um dia juraram amor eterno, fidelidade, companhia um ao outro, mas agora, vejamos, quantos de nossos pais ainda são casados? Quantos deles não podem nem se encontrar porque simplesmente não suportam se ver? Esse tipo de caso me faz pensar se o amor pode ser eterno, ou se, com o passar do tempo, ele vai se desgastando e sendo retirado do coração. Não consigo entender como alguém que um dia quis o melhor pra nós, pode nos dar as costas e se fartar de raiva de nós apenas porque não consideramos que nosso destino é ficar juntos. Difícil de entender.
Cultivar o ódio é tão mais fácil. Se isso não fosse verdade, o mundo não seria feito de guerras e as pessoas não se sentiriam melhores nem piores que alguém. Parece que a medida em que vamos envelhecendo, tudo fica mais amargurado e rude, as coisas já não fazem mais sentido. As borboletas e arco-íris que desenhávamos em formato de sonhos encharcados de amor quando crianças, agora não passam de folhas secas e queimadas, caídas ao chão. Podemos considerar nossas portas fechadas para o coração?  

domingo, 12 de setembro de 2010

Frustração

Estava começando uma nova postagem aqui, sobre algo totalmente diferente, e achei uma música consideravelmente antiga aqui, e pus pra tocar. Ela me fez lembrar de muitos momentos que me fizeram rir agora, mas ao mesmo tempo sentir uma pontadinha no coração, um sentimento estranho, que me fez parar de escrever e começar um outro assunto, ao qual dei o nome de frustração. Só de falar em frustração, já fico frustrada. Comecei a pensar em como é ruim fantasiarmos alguma coisa, mas no fim perceber que aquilo não vai acontecer. Isso acontece constantemente na vida do ser humano; algumas vezes acertamos, em outras, nos frustramos. Pode ser com um sonho que depois de um tempo percebemos que não vai se realizar, pode ser com uma paixão que nos pegou desprevinidos, pode ser com um amigo, um estranho, qualquer um, nós sempre passamos por isso. É engraçado quando essa frustração te faz parar e pensar depois em como você é idiota em ter acreditado naquilo. Um exemplo bem fubá é quando seu aniversário está chegando e você começa a achar que seus amigos estão armando uma festinha pra você. Eles andam de segredinhos, sempre fogem quando você está por perto.. mas quando chega o seu aniversário, alguns nem sequer se lembram e é aí que a linda frustração entra em cena. E o pior é que mesmo depois que a gente se dá conta de que o que a gente queria NÃO vai acontecer, nós ainda temos aquela esperançazinha.. 'será que eles vão me mandar parabéns pelo Orkut?' pois é amigo, eu entendo bem disso. E quando você está apaixonado então? Você imagina mil e uma coisas que podem acontecer, por exemplo, seu namorado adivinhar que você queria receber uma cartinha EXATAMENTE no momento de lua que você está se sentindo carente, mas esquece que ele nem ninguém é vidente rs 
Falando como a voz da experiência, acredito que a frustração é um sentimento tipo carrapato, porque quando ele encarna não sai mais. Podem se passar 10 anos ou até 10 mil, mas a gente sempre continua lembrando dessa bendita frustração e ainda pensa o porque daquilo não ter sido diferente.. não foi simplesmente porque as coisas são como elas são.

Deus

A pergunta mais frequente e mais difícil de se responder é: quem é Deus pra você? ou até mesmo: quem é Deus? Tente responder. Você consegue? Ele é o cara soberano que pode ir e vir, aquele que escuta e vê tudo, aquele que tem o poder de julgar as pessoas e aquele juíz que te condenará ao inferno se você pecar? Não necessariamente. O ser humano ainda está longe de conseguir decifrar quem é Deus e o que Ele é pra nós, mas mesmo assim muitos ainda procuram um meio de buscá-lo pois se baseiam em algum tipo de fé. Fé? E quem não a tem? Estou certa de que um dia ao menos já ouviram falar nela. Ter fé é acreditar nas coisas mais absurdas ou mais impossíveis e talvez até inimagináveis; ter fé em Deus, no caso, não é poder vê-lo, já que somos pecadores demais para isso, e sim poder senti-lo, e conhece-lo mesmo sem saber como ele é. Isso é ter fé. Sabe aquele ditadozinho clichê 'o amor é como o vento, não vemos mas pordemos sentir'? É a mais pura verdade. No começo eu perguntei quem é Deus pra você, e Ele se resume em apenas uma palavra: Amor. Quer prova maior de amor do que Ele fez por nós? Mandou seu filho para morrer na cruz, para nos livrar do pecado e do inferno. Sim, do inferno. Antes de Jesus vir à Terra, todas as pessoas que morriam iam para o inferno, pois não havia salvação, e lá elas precisavam esperar até que chegasse o dia do Juízo Final, aquele que até hoje nós esperamos. Porém, para não fazer com que passássemos pelo inferno, esse lugar onde não há paz, não há sossego; só existem brigas, perturbações, vandalismo, ÓDIO, e todo e qualquer tipo de coisa ruim, Ele mandou seu filho morrer na cruz, pois só assim haveria salvação. A partir daí, quem se arrepende de seus pecados na hora da morte e procura viver uma vida santa segundo a palavra de Deus, vai direto para o céu. É claro que não sou ninguém para afirmar o que acontece depois da morte, mas o essencial em meu interior é a minha fé. Pequena, mas que faz com que eu me revigore e com que eu tenha força quando o mundo quer me derrubar. Aprendi que eu não preciso encontrar pistas pra descobrir quem é Deus, basta abrir meu coração. Só me resta sentir, e isso me faz acreditar a cada dia mais na bondade Dele, em seu amor por nós, e em sua misericórdia infinita. Creio que Ele jamais falhará, e acredite, Ele te ama como ninguém. Você só veio a este mundo por vontade Dele, e é a Ele que nós devemos agradecer, nos apoiar, recorrer quando estivermos precisando, e pedir que a cada dia as pessoas possam entender mais mais a imensidão do amor Dele, para que assim possamos amar as pessoas ao nosso redor como se fosse a nós mesmos, eia aí o 1º mandamento da lei de Deus. 
Se você ainda não o conhece, não perca tempo, ainda há muitas chances para isso.. todos os dias quando você acorda, Ele te chama pelo nome, te pergunta se você quer que Ele fique contigo naquele dia.. mesmo que você não aceite, Ele fica mesmo assim, afinal quem ama, cuida.